quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Théo

Finalmente, em 13 de setembro último nasceu meu primeiro sobrinho lindo, irmão da também lindíssima Mariah! Era mulher demais; além da Mariah, duas sobrinhas dos irmãos do Sergio e mais duas afilhadas.

E é claro que para recebê-lo a tia corujíssima tinha que fazer algo bem legal. E o primeiro site sempre visitado é a Keepsake; neste caso, foi o primeiro e o último, pois logo me deparei exatamente com o que queria:


As instruções do Movin' Right Along kit

O material pronto para ser trabalhado
Colorido, alegre, com cara de bebê feliz! Comprado pela internet, recebido, agora é mãos à obra. Como converter polegadas para centímetros acaba sempre dando diferença no arredondamento, troquei minha placa de corte por uma nova que tem centímetros de um lado e polegadas do outro; foi só pegar as instruções e cortar os tecidos.

Depois de um pouco de trabalho, o tampo do quilt cortado e costurado, pronto para o acabamento:


O "sanduíche" tampo, manta, forro; quando comecei a fazer patchwork, nesta fase ou tinha-se uma mesa grande e alta para apoiar o trabalho e alinhavá-lo ou fazia-se isso no chão, ajoelhada ou sentada sobre ele! Já viram as dores nas costas que nós quilteiras tínhamos. Hoje existe uma cola maravilhosa que passamos nos tecidos e que permite o manuseio muito mais seguro do trabalho.


Uma das partes mais trabalhosas, o quilting. O peso do trabalho parece que triplica nesta fase e não há tendinite que resista! Mas só de pensar no resultado final, mandamos a dor às favas e vamos em frente.


E finalmente, o trabalho pronto; olha o tecido do forro que graça!





E como esta tia não para, de quebra o Théo ainda ganhou uma mantinha feita com a técnica dos quadrados; uma delícia para quem gosta de tricotar:



E como eu tenho uma cunhada muito caprichosa também, olha que graça a lembrancinha para as visitas:



Uma meia para guardar um pé; dentro, é claro, um pé-de-moleque! Adorei a criatividadade!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Patchwork

Do inglês Patch = retalho, work = trabalho; Trabalho de Retalhos.

Mas não é só isso. Patchwork é arte, é bom gosto, é paixão, é muito mais que apenas a "Colcha da Vovó". Nada contra as colchas feitas à mão que enfeitavam - e ainda enfeitam - camas por esse mundo afora. O que quero dizer aqui é que o patchwork há muito tempo deixou de ser aproveitamento de restinhos de tecido para tornar-se um trabalho manual de enorme grandeza e relevância no mundo do artesanato.

A escolha dos tecidos, o modelo a ser desenvolvido - nine patch, bear paw, estrelas, apliquês - o tamanho dos blocos, o tamanho final do trabalho; só esta fase inicial pode durar vários dias. Afinal, quando cismamos com determinado tecido e não o encontramos, vamos até o fim do mundo para achar um substituto à altura sob o risco de não gostarmos do resultado final.

Duas coisas me assustaram quando comecei a aprender patchwork. A primeira delas foi a máquina de costura; eu já havia sido apresentada a ela mas nós nunca havíamos conseguido manter estreita relação. A segunda, a matemática! Pois é, existe muita matemática no patchwork; a mais básica é a divisão do tamanho final da peça para determinarmos o tamanho dos blocos; depois, vem a divisão do motivo escolhido dentro de cada bloco, o que pode acabar alterando o tamanho da peça final em virtude de arredondamento de valores. Isso se o acabamento não for em ponta, o que irá nos obrigar a determinar o tamanho do triângulo da quina do trabalho a partir da lateral do quadrado. E justo comigo, que sempre tive dificuldade com esta matéria tão exata! Ufa!

Mas mesmo com todos esses contratempos, sentar e criar um quilt novo é uma delícia. Ops, uma palavra nova; afinal, é quilt ou é patch?

Um trabalho de patch é formado por 3 partes: o tampo do trabalho, com suas diferentes técnicas, a manta acrílica para ficar fofinho e o forro, feito de tecido liso ou estampado que combine com uma das cores ou com a proposta final que se pretende. O quilting é o trabalho que fazemos a máquina ou a mão para unir estas três camadas. E acabamos muitas vezes por chamar o trabalho de final de quilt. É isso.

Para saber mais, inclusive origem e o crescimento desta arte, consulte um dos sites abaixo. Eu particularmente gostei das explicações.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Patchwork
http://www.infoescola.com/artes/patchwork/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Grupo Espírita do Lar

Lá se vão quase dez anos desde o primeiro contato com o GEL - Grupo Espírita do Lar. Comecei a frequentar por curiosidade, fazendo o curso Básico, até que comecei a ouvir conversas sobre o Bazar de final de ano; fui me informar sobre o que era e qual o seu objetivo e resolvi contribuir com uma das minhas guirlandas de tecido. Desse gesto para um convite de participação mais ativa foi um pulinho. E lá estou até hoje.

Até o ano passado eu era a caçulinha da turma; este ano a Solange tomou meu posto rsrs. Quem vê aquela turma de senhoras todas já para lá de 65 anos, muitas com mais de 80, reunidas todas as quintas feiras, deve ter a impressão que a única coisa que saí de lá é chazinho com fofoca. Mas só quem está lá dentro e acompanha o desenvolvimento do trabalho sabe que elas trabalham mais que muita menininha de 30! Eu mesma às vezes me acho uma grande preguiçosa perto dessa turminha.

Fato é que se trabalha - e muito - para que tenhamos peças lindas para nosso Bazar. Afinal, é dele que vem boa parte do dinheiro necessário para as obras sociais desenvolvidas lá.

E qual minha parte nisso tudo? Ora, bordados e patchwork, claro. Como Ponto Cruz deixou de ser um estímulo - apesar de ser um trabalho que aprecio muito e desenvolvo muito bem, sem nenhuma modéstia - agora faço Apliquê nas toalhas, minha técnica preferida, seja a mão ou a máquina.

E estes são alguns dos jogos de banho que desenvolvi para o Bazar deste ano.




Esta é a Sunbonet Sue, bonequinha muito conhecida das quilteiras.

Motivos femininos são sempre mais simples de achar e fazer. Mas preciso ir atrás de alguma coisa para moleques em geral; muito trabalho até novembro!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Jardim

Flores e verdes, duas exigências quando decidimos sair de apartamento e morar em casa. Sem quintal, sem negócio. Como faz parte da natureza humana a eterna insatisfação, é claro que achamos nosso verdinho ainda incipiente, mas não podemos negar que ele enche nossos olhos todas as manhãs quando abrimos a janela do quarto.

Desde pequena quis ter uma jabuticabeira só para mim! Minha avó materna tinha uma pequena chácara em Atibaia e todas as vezes que íamos para lá eu pedia que plantassem minha árvore e a resposta era sempre a mesma: "demora 10 anos para começar a produzir, não vale a pena". Bom, ganha um doce quem adivinhar qual foi a primeira planta que entrou em nossa casa. E como a tecnologia avança a passos de gigante, elas agoram são híbridas e a minha tão sonhada jabuticabeira chegou aqui com 1,80m de altura e já produzindo. Está certo que concorrer com os passarinhos durante o dia e com os morcegos à noite é difícil, mas só de vê-la lá, linda, crescendo - já passou de 2,5 metros agora - e produzindo me deixa muito feliz.


E para que a linda árvore não se sentisse muito sozinha, em seguida veio a poncã, que chegou pequena, demorou muito para adaptar-se, mas agora está enorme; já produziu uma vez, há dois anos atrás - comemos muita mexerica - e agora está novamente toda florida, prontinha para dar frutos. Aviso quando estiverem madurinhas!


E não para por aí; aqui embaixo temos também uma pitangueira e na varanda superior, em vasos, um repeteco de pitanga e jabuticaba e uma romã. Imagina se o quintal fosse maior!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desafios

Nossas vidas são todas movidas a desafios, dia após dia: nascemos e temos que aprender a mamar, depois engatinhar, sentar, andar, ler, escrever e por aí afora. Assim também acontece com os meus trabalhos; chega uma hora que Nine Patch e "dois tricô, um meia" já não satisfazem mais.

Comecei lá atrás com quadradinhos e pontos fáceis, tecidos e lãs nacionais simplezinhas; assim, se desse errado o prejuízo seria pequeno. Mas conforme a riqueza e variedade de pontos e modelos cresce, aumenta também a vontade de sofisticar as peças criadas, não só nos materiais empregados mas também na complexidade de execução. E às vezes, quando dou por mim, já estou numa tremenda fria rsrs.

Semana passada estava eu com um trabalho recém iniciado que não estava me agradando muito: uma pelerine tricotada com 5 fios de lãzinha fininha, fininha. Do nada, vira a Lídia e fala: "Quero muito fazer uma blusa para depois bordá-la inteira; vamos?" Foi o suficiente; desmanchei as poucas carreiras já começadas e imediatamente me pus a fazer amostra para tricotar a peça. Só mais um pequenino detalhe, além dos cinco fios de linha: a lã é preta! Só eu mesmo para topar tamanha insanidade. Haja vista!


E como quem tem um não tem nenhum, não basta um trabalho maluco; há que se ter no mínimo dois. Há algum tempo atrás algumas amigas de tricô descobriram a Pintar e Bordar, loja do Chris e do Luís Fernando que vende lãs alemãs uma mais maravilhosa que a outra. Preciso contar o desfecho? Pois é, resisti um pouco em conhecer a loja pois tinha alguns trabalhos em andamento, material já comprado para outros, iríamos viajar nas férias e outras desculpinhas que eu estava inventando para mim mesma pois sabia que após a primeira visita não haveria volta. Até que um dia acabaram-se as desculpas e lá fui eu. E aqui está o começo do trabalho, em que uma carreira é totalmente diferente da outra, deixando qualquer tricoteira maluquinha; o ruim é que quando estou fazendo este não dá nem para espirrar senão sai tudo errado. Eu, que falo pouco, imagina! Bom, o resultado final, que será mostrado em breve é um xale; por enquanto, usem a imaginação.