sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Minhas velhinhas favoritas

A bem da verdade, minha velhinha favorita sempre foi e será a vó Maria, mãe de meu pai. Como ela era de sítio, não lembro uma única vez de chegar à sua casa e a mesa não estar posta, esperando visita, principalmente nos finais de semana, dias de casa cheia com certeza! Ela arrumava a mesa, tomava o café da manhã, depois puxava os alimentos não perecíveis (pão, bolo, broinhas) para um canto da mesa e os cobria com uma uma toalha limpa; quando chegava visita, era só estender a toalha, pegar manteiga, queijo e outros mais na geladeira e passar o café fresquinho! Almoços de domingo, então, eram verdadeiros festins! Ela tinha a paciência e delicadeza de fazer o prato preferido de cada um dos comensais que eram esperados para aquele dia! No nosso caso, lasanha e arroz de forno eram certeza, mais a salada de legumes dividida sempre em duas: uma parte com maionese, outra sem. Mas como ela já está em outro plano espiritual há 14 anos, essa admiração hoje fica só na lembrança.

Bom, para aplacar as saudades, arranjei várias substitutas:
1. Dona Isabel, amicíssima de minha mãe desde o tempo em que ela recém-formada lecionava em Paúl do Mar, Ilha da Madeira - depois de muitos anos, reencontraram-se aqui no Brasil, reafirmando a amizade que passou para os filhos.
2. Dona Tita, avó da querida Adriana, uma das minhas amigas vintage (se eu escrever "antiga" fica parecendo velha; vintage é chique!), que não vejo nunca mas tenho notícias sempre e pela qual tenho uma admiração profunda e que ainda está toda serelepe com 104 anos! Foi até entrevistada pelo Jô Soares por ocasião do seu centésimo aniversário.
3. E por último mas não menos importantes, as tias Gilda e Lígia, irmãs de minha mãe, que apesar de atrapalhadíssimas estão sempre prontas para ajudar no que for necessário e se esforçam para preencher a lacuna deixada pela ausência de minha mãe.

E como se não fossem em número suficiente, "ganhei" mais algumas quando comecei meu trabalho no GEL - Grupo Espírita do Lar, já citado aqui no blog. Comentei no post que eu sou a mascote de lá. Então, só para vocês terem ideia do que estou falando, olhem algumas fotos tiradas ontem, durante os preparativos finais para nosso bazar que já está chegando!


Lá no fundo da foto, de casaquinho branco, a Mini (ou Minervina, segundo a Certidão de Nascimento), engraçadíssima; sempre que alguém traz um trabalho pronto, ela rapidamente diz "nossa, que toalha mais bonita que eu fiz!" e se acaba de dar risada! D. Bela, uma portuguesa elétrica, já beirando os 90 anos; Solange 2, que roubou meu lugar de "a mais nova do grupo" e que pinta umas caixinhas de madeira divinamente; e, em pé, a Adelaide, outra portuguesa um pouco menos elétrica mas não menos produtiva, divertida e querida.


Maria Nilce, professora aposentada do Pueri Domus e professora de alfabetização de adultos; Cecília, a "pintora" do grupo; e D. Salete, a minha "mãe/avó" postiça.


Aidê, uma batalhadora; esta nossa companheira teve câncer várias vezes - mama, osso e outros mais - enfrentou bravamente todos eles, sempre sorridente, nos abandonou por um bom tempo, mas deu a volta por cima e está conosco novamente! Ela foi uma das fundadoras do Centro Santa Marta, que existe até hoje no Colégio Santa Maria; lá são ministradas aulas de bordado, costura, informática, formação de copeira, entre outros, para as moradoras carentes da região do colégio. Precisando de copeira para a sua festa? Lá é o lugar para encontrar profissionais competentes e de confiança.



Solange, Sílvia e Heleninha, nossas costureiras senior. Elas que dão conta, todos os anos, auxiliadas por mais algumas companheiras, da confecção dos agasalhos que são doados aos alunos da Creche Aglaezinha, no Jardim Angela. Este ano foram mais de 400! Aqui, elas estão cortando as toalhas para cobrir as mesas durante o bazar; desde que estou lá, esta é a terceira vez que reciclaremos o "visual" rsrs.

Em tempo, uma historinha que até hoje me toca quando lembro. Dona Salete, que aparece lá na segunda foto, era minha "vizinha": da janela do quarto de sua casa ela enxergava o prédio onde eu morava e ficava sempre "vigiando" a porta da minha sacada; ela sabia, então, quando eu estava em casa. Quando nos mudamos, nem me passou pela cabeça me despedir, pois estamos a menos de 2 quilômetros da antiga residência e eu continuaria indo ao GEL com a mesma frequência de antes. Pois não é que Dona Salete quando encontrou comigo logo após a mudança desandou a chorar, dizendo que estava muito magoada comigo por não haver me despedido? Como assim, Dona Salete??? Ah, é que agora a porta da varanda estará sempre fechada e eu não saberei mais que você está ali pertinho de mim! Não é uma fofa?

Quando escrever sobre o bazar terei com certeza foto de muito mais gente para postar. No post que sairá sobre os enxovais aparecerão outras duas companheiras queridas! Até lá.

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